09 de setembro de 2013 - 16h51 •io
Músicos dizem que Lei do Silêncio
está provocando desemprego na
Capital e pedem revisão na lei
“Nossa reivindicação é que tenha uma separação entre música e ruído", diz comerciante
MS Record
Músicos, técnicos de som e donos de bares e restaurantes de Campo Grande querem uma mudança na Lei do Silêncio na Capital. Do jeito que foi aprovada a lei tem provocado desemprego entre os profissionais da área - é o que alegam quem se sente prejudicado.
Música popular, sombra, cervejinha. Há 10 anos é assim. Um bar restaurante tradicional em Campo Grande acolhe pessoas de todas as regiões da cidade para uma tarde de sábado com feijoada. Todo mundo tem espaço aberto para cantar até a dona dá uma canjinha.
Conhecido pela boa música aos sábados, quase que o bar perde a principal atração. Isto por conta da lei do silêncio. O restaurante de Renata Christóforo, funciona com uma liminar de autorização, mas já foi notificada por conta de reclamações. O tempo que ficou sem música no bar deve de demitir 10 funcionários, por que o movimento caiu.
“Nossa reivindicação é que tenha uma separação entre música e ruído, barulho, porque hoje a Lei do Silêncio, não difere música de barulho externo, e nós temos os carros que passam, as motos, a própria população falando, então ela coloca isso em um pacote, então nosso objetivo é que música seja aferida como música e ruído externo aferido como ruído externo”, diz a dona de restaurante.
“Nós já fizemos a medição por parte de engenheiros particulares e está dentro de 60 a 70 decibeis, ou seja, o som que nós estamos propiciando neste momento é altamente tranquilo e não é nenhuma forma prejudicial a sociedade”
A categoria de músicos e comerciantes participou de uma audiência na Câmara Municipal para discutir a lei. Músicos e donos de bares pedem para que a Lei do Silêncio seja revisada. Um dos fatores é diferenciar barulho de música.
Galvão é músico há 30 anos. Toca em um bar desde que foi fundado. Entende que a lei deveria ser revista para que todos possam trabalhar.
“Na própria lei tem conceitos, som , música, decibéis, estão lá todos os conceitos, esses conceitos só se referem a barulho. O que nós pretendemos fazer? Colocar lá também o conceito de música e cultura, para que a partir daí uma comissão de gestores de cultura possam também entrar no processo de avaliação, então colocamos essa coisa tão complexa que é a cultura, no caminho certo”, diz o músico.
Um dos termos da Lei do Silêncio é o nível de intensidade do som permitido. Dependendo do horário máximo é de 70 decibéis. O técnico de som e músico, Eloy Paulucci, instalou um aplicativo no celular para poder trabalhar. A lei do silêncio prejudica todo um grupo de profissionais.
“Todo mundo pensa primeiro no emprego direto que é o músico, mas tem o músico, a equipe de som, a iluminação, as casas noturnas tem os seguranças, tem o pessoal do bar, da limpeza, tem gerente, promoter é uma rede toda de pessoas que trabalham que acabam tendo seu trabalho reduzido”, diz o técnico de som. (Com colaboração Jacklin Andreucce, TV MS Record)
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