segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Relatório da última audiência pública em que foi discutida a lei do silêncio em 9 de Julho de 2013


Em audiência pública artistas
reclamam da lei do silêncio na Capital

Presidente do Conselho Municipal de Cultura, também compôs mesa junto com conselheiros
Foto: Divulgação“É complicado para tocar em qualquer barzinho", reclamam músicos
MS Record
Após a realização de audiência pública nesta terça-feira (9) que discutiu a descentralização da cultura e a gestão de orçamento da área, o vereador Chiquinho Telles (PSD) elencou todas as questões que foram levantadas para melhorar e ampliar o acesso as atividades culturais em Campo Grande. A principal queixa é discutir a questão da “Lei do Silêncio” que segundo os músicos, tem deixado os profissionais sem lugares para tocar.
“É complicado para tocar em qualquer barzinho, O MPE e a Semadur deveriam parar de usar dois pesos e duas medidas, pois estão segregando o direito de expressão musical, os empresários em sua maioria não tem condições de bancar o auto custo de um projeto de acústica”, reclamou o músico Raimundo Galvão.
O cantor e compositor Paulo Sérgio, também reclamou sobre a dureza da legislação, mas lembrou que é devido a alta concorrência. “Não aceitam mais show acústico, agora, só com banda e tudo tem que ser o tempo todo monitorado, enquanto os músicos e artistas não recebem a valorização que merecem, por isso é preciso sim debater o assunto, precisamos do poder público para isso”.
Participação Plural
“A participação foi essencial e tivemos representantes de todos os setores da cultura em Campo Grande, foram músicos, artistas plásticos, compositores, atores movimento audiovisual e do cenário rock da Capital que participaram, seja pessoalmente ou enviando as ideias que foram debatidas democraticamente”, comemorou o vereador que é presidente da Comissão de Cultura da Câmara.
Um dos que fizeram uso da palavra foi o jornalista e cineasta Airton Raes, que falou sobre os trabalhos realizados pelo Colegiado Setorial de Audiovisual. “Precisamos levar esses trabalhos para os bairros, seja por meio de oficinas ou por meio da criação de cineclubes nos centros comunitários e que cada vez mais as pessoas estejam envolvidas”, sugeriu.
O conselheiro regional Alexandre Moura, também lembrou das artes plásticas. Ele que é conselheiro da região Urbana do Lagoa, sugeriu a diversificação. “Temos aulas de dança e violão, por exemplo, mas porque não temos uma exposição? É preciso ampliar também o leque de acesso e fomentar isso nos moradores, os fazerem tomar parte das diferentes formas de expressão cultural”.
Artista plástico e agora Presidente da Fundação Municipal de Cultura, Julio Cabral concordou, e durante a finalização dos apontamentos se comprometeu em auxiliar no fomento da cultura e tambem na questão da valorização dos artistas da Capital. “Estamos com seis meses de mandato, nos adequando, retomando projetos, fazendo o possível para atender a todos, por isso esse tipo de discussão é muito bom para saber o que cada um espera”, ponderou.
Presidente do Fórum Municipal de Cultura, o ator e jornalista Vitor Hugo Samúdio deixou claro que é preciso não só “levar cultura” mas valorizar a cultura de cada um. “Não precisamos levar cultura para os bairros, para a periferia, eles tem a cultura, cada bairro tem suas formas de expressão cultural, o que precisamos é fazer com que isso seja valorizado e fomentado e que se tenha divulgação e principalmente execução do Plano Municipal de Cultura”, destacou.
Além de Samúdio, o professor e presidente do Conselho Municipal de Cultura, Angelo Marcos Arruda também compôs mesa junto com os conselheiros regionais, João Eulógio, o presidente da Liga das Escolas de Samba de Campo Grande, Eduardo Souza Neto, o vereador Eduardo Romero (PTdoB), que é vice-presidente da comissão de cultura da casa. Também participaram da reunião as vereadoras Grazielle Machado (PR), Rose Modesto (PSDB) e Luiza Ribeiro (PPS).  (Com colaboração assessoria)

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